By Dave Ramsey
Em Atos 1: 8 Cristo nos ordena a sermos suas testemunhas em nossa Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da terra. Seu marido sentiu esse apelo em seu coração, e está respondendo a ele através da plantação de uma nova igreja? Se sim, talvez você também tenha sentido o mesmo, ou pelo menos, o seu amor e lealdade a Cristo e ao seu marido a levaram a tornar-se uma fiel aliada nesta aventura. Este é um compromisso que você e seu marido devem compartilhar, pois, mesmo que ele seja o que carrega o título de plantador, tanto você como seus filhos vão se aventurar juntos no desconhecido, superando o medo, lidando com a dúvida e, finalmente, fazendo incríveis sacrifícios (alguns deles, financeiros) para levar as pessoas ao pé da cruz. Muitos dos problemas financeiros que as famílias pastorais enfrentam no seu cotidiano serão muito ampliados no seu caso, por causa de sua disposição em abrir novos campos. Pode ter certeza, isso não é incomum entre aqueles que se dedicam a esse tipo de missão. Também não é incomum a esposa de um plantador ser aquela que realmente tem que lidar com as finanças no dia-a-dia da casa, bem como da nova igreja. Encontrar soluções para problemas financeiros e aprender a lidar com situações para as quais não existe uma solução pronta torna-se algo muito mais vital para você. A vida financeira de um casal plantador é, sem duvida, mais difícil no começo. Vocês dois terão que amadurecer muito como indivíduos, elaborando um plano e permanecendo nele, custe o que custar. Terão que viver com o que ganharem, aprendendo a diferença entre necessidades e desejos, e tomando medidas para prover o futuro da nova igreja, e também da sua própria família. Saiba que apenas 20% das dificuldades com nossas finanças pessoais têm relação com a nossa razão ou conhecimento. Os outros 80% das dificuldades têm a ver com questões de comportamento. Aprender e listar o que fazer é importante, mas colocar em prática o conhecimento é o que realmente vai fazer a diferença. O dinheiro tem algumas propriedades filosóficas que você e seu marido têm que entender, se quiserem realmente dominá-lo. Em primeiro lugar, a Bíblia não diz que o dinheiro é a raiz de todo o mal. Ela diz que o "amor ao dinheiro" é a raiz de todo o mal (1 Tm 6:10.). O dinheiro em si não é mau. O dinheiro é amoral. O problema surge quando você o coloca nas mãos de um ser humano que passa a lhe atribuir características e valores excessivos e corrompidos. O dinheiro flui. Ele tem uma vida própria, e uma coisa é certa: ou você aprende a administrar o dinheiro ou a falta dele sempre irá controlá-lo. Você deve ser pró-ativa com o dinheiro. Ou você diz o que ele deve fazer, ou ele vai escapar de suas mãos e passar para alguém que vai administrá-lo melhor. Essa é uma lei universal. Lembre-se sempre que os relacionamentos são afetados pelo dinheiro, seja em maior ou menor grau. E em nenhum lugar isso é mais aparente do que num casamento. Quando maridos e esposas não estão na mesma página financeiramente, mas cedo ou mais tarde vão enfrentar sérios problemas. Não tem jeito, a regra é esta: os parceiros num casamento precisam ser parceiros financeiros. No relacionamento conjugal, um mais um não é igual a dois. Um mais um é igual a um maior. Isto é, um casal com objetivos comuns, sonhos compartilhados, e lutas comuns. Isso torna-se especialmente verdade para o casal plantador! Você sabe quanto dinheiro você realmente tem disponível para vocês agora? Você ficaria surpresa com quantas pessoas não podem responder a essa pergunta, mesmo tendo os seus saldos de conta bancária bem à sua frente. Por que não? Porque eles não têm ideia de quanto está realmente disponível para o seu uso, e quanto já está contabilizado por causa de cheques pré-datados, cartões de crédito e contas em débitos automáticos. Gostaria de sugerir a você que para se ter uma vida financeira saudável, é preciso: 1. Aprender a planejar. Alguns resistem a essa ideia de orçamento, seja ele doméstico ou eclesiástico, por considerarem-no como uma camisa de força, uma lista de inflexíveis "nãos". Mas, a verdade não é bem assim. O seu orçamento não decide o que fazer com seu dinheiro. Você decide. Entretanto, a grande maioria resiste a estabelecer um orçamento por medo de encarar a verdade. Você não quer admitir como você estragou tudo, e evita tomar conhecimento do quanto de juros você tem realmente pago? Juros, esses impostos estúpidos, é claro, pagos quando você faz algo estúpido e sem planejamento! Você pode estar com medo de saber quão assustador é o desafio que você está enfrentando. Mas, baseado na experiência de outras pessoas que passaram pelo mesmo dilema, eu sei que você vai realmente sentir-se aliviada quando colocar tudo às claras e começar a lidar com as suas finanças sem subterfúgios. Você não pode começar a resolver um problema que você não sabe que existe. 2. Aprender a poupar. Provérbios 21:20 diz: "Na casa do sábio há comida e azeite armazenados, mas o tolo devora tudo o que pode." Você não vai economizar dinheiro quando você começar a ganhar mais, ou quando conseguir pagar aquela dívida. Você só vai economizar dinheiro quando isso se tornar realmente muito importante para você. A decisão no coração é a chave para poupar dinheiro, e o tempo e a persistência são as chaves para fazer suas economias crescerem. 3. Aprender a Confiar. Não deixe Deus fora deste processo de planejamento financeiro e organizaçào de contas. Lembrem-se que vocês pode enfrentar os desafios de uma plantação sozinhos e até superá-los por sua própria vontade e força, mas é muito melhor e menos desgastante quando Deus realmente assume comando. Salmo 24: 1 (NVI) nos lembra que "A terra é do Senhor e tudo que nela existe." Você e eu somos apenas gestores do Senhor. Por isso, quando desperdiçamos o dinheiro que nos foi confiado, jogando-o fora por conta dos juros abusivos e perdas, estamos desperdiçando o que realmente não é nosso. Deus é o principal interessado em sustentar a Sua obra, através da vida de vocês. E se vocês administrarem bem suas finanças agora, Ele vai lhe dar mais para gerenciar. Vocês têm que ser fiéis nas pequenas coisas, para poder assumir as maiores.
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